A ORCID (Open Researcher and Contributor ID, www.orcid.org) é uma organização internacional, interdisciplinar, aberta, sem fins lucrativos e governada pela comunidade de investigadores. O cerne da atividade da ORCID é fornecer um registo aberto de identificadores únicos para investigadores e académicos e automatizar as ligações para trabalhos de investigação.
O principal objetivo da ORCID é classificar autorias em todas as áreas científicas e facilitar a desambiguação no uso dos nomes dos autores através da criação de um identificador único por autor – ORCID iD.
A ORCID permite a associação com outros sistemas de identificação em uso (e.g. Researcher ID e Scopus Author ID) e o uso de identificadores ORCID iD já é ou está a ser adotado por sistemas científicos de informação, grupos editoriais (e.g. Nature Publishing Group) e agências de financiamento (e.g. National Institutes of Health - NIH). A obtenção de um identificador ORCID iD é gratuita e simplifica processos burocráticos, permitindo que apenas um registo seja usado para identificar um investigador perante múltiplas entidades.
A ORCID fornece um identificador digital persistente que distingue um autor de todos os outros autores, tal como o ISBN identifica um livro, o ISSN uma revista, ou o DOI um objecto digital (como um artigo, ou capítulo online). Pretende-se que no futuro o ORCID ID seja utilizado para preencher automaticamente currículos, submissão de artigos a revistas, ou candidaturas a financiamento de bolsas e projectos de investigação. Como tal, a FCT encoraja todos os investigadores a obterem um ORCID ID, independentemente do tipo de produção científica, tecnológica e cultural que lhes está associada. O ORCID deve ser obtido e registado mesmo quando os investigadores não têm produção registada nas bases de dados SCOPUS ou mesmo quando se antecipa que os indicadores bibliométricos sejam de pouca utilidade numa determinada área científica.
Por analogia com os estudos em que a SCOPUS já foi usada para estudos bibliométricos é possível antecipar que análise bibliométrica terá uma reduzida (ou nula) utilidade na avaliação da generalidade das unidades nas áreas das humanidades. A FCT recomenda, não obstante, que todos os investigadores criem um identicador ORCID. Se não for possível importar publicações da SCOPUS, por elas não constarem dessa base de dados, é inútil para este exercicio de avaliação procurar importá-las de outras bases de dados ou introduzi-las manualmente, uma vez que não serão consideradas para o estudo.
Para a avaliação das unidades de investigação de 2013 a FCT decidiu encomendar uma análise bibliométrica à Elsevier utilizando a base de dados Scopus, para o período sob avaliação, 2008-2012. Por isso se pede aos investigadores para importarem as obras que têm na Scopus para a ORCID. Os resultados desta análise serão fornecidos aos avaliadores como mais um elemento de informação, entre os outros que lhes são disponibilizados, nomeadamente o formulário de candidatura da unidade de investigação e os CVs dos seus investigadores. É conhecido que a cobertura das bases de dados bibliométricas, como a Scopus, que incide sobretudo sobre artigos em revistas internacionais com revisão pelos pares, varia substancialmente de área científica para área científica. Diferentes áreas científicas têm padrões de produção e publicação diferentes umas das outras. O guião da avaliação admite mesmo que os outputs de investigação são definidos de acordo com a área científica (ver Anexo IV do guião).
Reitera-se que a avaliação das unidades é um exercício de avaliação pelos pares. Como tal serão os pares que decidirão que indicadores de produção científica, tecnológica ou cultural são mais adequados às especificidades das áreas científicas, e que são amplamente aceites pela comunidade científica internacional que estão a avaliar. Assim, caberá a cada painel de avaliação decidir se é ou não adequado usar a bibliometria na sua área científica e, caso a usem, que importância lhe dar.
A existência de um identificador único e persistente para cada investigador, independente da sua afiliação institucional presente e do seu país de residência, permitirá:
Esta integração já é possível no CV DeGóis que permite importações de registos com base no identificador ORCID iD.
As publicações devem ser importadas da base de dados Scopus da Elsevier. Apenas as publicações indexadas nesta base de dados serão contabilizadas para efeitos da análise bibliométrica. Publicações importadas de outras fontes, publicações inseridas manualmente pelo investigador, ou publicações com nível de permissão “private”, embora possam estar presentes na área ORCID do investigador, não serão contabilizadas para efeitos do exercício bibliométrico.
Para acrescentar publicações ao seu perfil ORCID iD, pode adicionar registos quando está a rever as suas publicações da Scopus (ilustrado no passo 6 do ficheiro de instruções para utilizadores registados ORCID , ou no passo 7 no ficheiro de instruções para novos utilizadores), utilizando palavras-chave ou mesmo o título completo do trabalho.
Caso mesmo assim não encontre as suas publicações, tal deve-se a:
Note-se que o processo de correção manual de um erro do tipo descrito só é possível para publicações indexadas na base de dados Scopus.
É aconselhável importar todas as suas publicações a partir Scopus para o seu perfil ORCID iD e não apenas as publicações do período 2008-2012, de modo a garantir a consistência dos dados através da Scopus. De notar ainda que o perfil do autor da Scopus não tem qualquer efeito sobre a análise bibliométrica a realizar e apenas o seu ORCID iD será relevante para essa análise.
Mais informações detalhadas aqui.Depois de ter registado o seu ORCID iD e de ter importado todas as suas publicações da Scopus, deverá inserir o respetivo número (16 dígitos: xxxx-xxxx-xxxx-xxxx) na plataforma da FCT a disponibilizar a 25 de Novembro de 2013.
Sim, cada unidade de I&D terá a oportunidade de validar a lista de publicações de todos os membros integrados. A validação das listas de publicações pelas unidades de I&D é opcional mas aconselhável, uma vez que aumenta a transparência do exercício.
Cada unidade de I&D terá acesso à lista de publicações (LISTA_BIBLIOMETRIA) que estão associadas aos membros integrados da própria unidade. A unidade poderá confirmar se há alguma publicação em falta ou a mais.
As listas de publicações e o relatório final do estudo bibliométrico agregado por unidade de I&D serão públicos, e serão entregues aos avaliadores de cada unidade para complementar a informação do formulário de candidatura.
Os trabalhos considerados relevantes para este estudo bibliométrico são todos os registos indexados na base de dados Scopus da Elsevier (ex.: publicações, reviews e conference proceedings) no período de 2008–2012.
Os indicadores bibliométricos considerados para este estudo são as métricas padrão adotadas pela equipa Snowball metrics (www.snowballmetrics.com). Estas métricas foram definidas e acordadas entre várias instituições de ensino superior (ex.: Universidade de Oxford, Universidade de Cambridge, entre outras).
Os indicadores bibliométricos considerados são:
Sim, no CV DeGóis já é possível importar as suas publicações a partir do seu ORCID iD.