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Identificada nova forma de reprodução da azeda na Península Ibérica

Investigadores do Centro de Ecologia Funcional da Universidade de Coimbra (UC) em parceria com a Universidade de Vigo, identificaram uma nova forma de reprodução da planta invasora . Aqui, a planta, vulgarmente conhecida como “azeda” ou “trevo amarelo”, consegue reproduzir-se por semente (reprodução sexuada), capacidade até agora exclusiva da área de onde a espécie é nativa – a África do Sul.

João Loureiro, coordenador do estudo co-financiado pela FCT, explica que esta forma de reprodução da azeda, que se propaga preferencialmente em zonas agrícolas, “permite cruzamentos com outras espécies, o que aumenta a sua diversidade genética e possibilita a combinação de características que podem tornar as plantas mais agressivas e danosas para o ecossistema”.

Os resultados obtidos até agora revelam que o processo de propagação “ passou a ser mais rápido, fácil e muito agressivo”, com impacto “na reprodução das plantas nativas das áreas invadidas podendo comprometer a reprodução de algumas espécies e afetar a dinâmica das populações naturais. Por exemplo, na couve-galega foi verificado um impacto negativo”.

De acordo com o investigador, o estudo pretende fornecer informação relevante para “perceber melhor esta espécie e assim desenvolver medidas de controlo e erradicação da planta”.