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Obesidade infantil em crianças portuguesas

As crianças que passam mais tempo em frente à televisão apresentam maior risco de obesidade e tensão arterial alta, do que as que passam mais tempo ao computador e com jogos eletrónicos. São conclusões de um estudo coordenado por Cristina Padez da Universidade de Coimbra e financiado pela FCT.

Centrado na relação entre o ambiente em que as crianças vivem e o excesso de peso, os resultados indicam que das 18000 crianças com idades entre os 3 e os 11 anos envolvidas no estudo, 28% dos meninos e 26% das meninas veem mais de 2 horas de televisão por dia durante a semana, e ao fim-de-semana os valores disparam para 75% e 74% respetivamente. São valores muito acima dos limites considerados de referência e constituem fatores de risco para a obesidade.

Alerta a investigadora que “60% das crianças obesas apresentam já pelo menos um fator de risco como hipertensão, colesterol elevado, triglicéridos e 40% permanece obesa na vida adulta. Mesmo para as crianças que normalizam o seu peso com o crescimento, o simples facto de terem sido obesas é um risco para o aparecimento de algumas doenças cardiovasculares na vida adulta.”

Em comparação com os jogos eletrónicos e com o computador, a televisão tem maior impacto pelo facto de “as crianças estarem mais expostas a publicidade de produtos alimentares, induzindo-as à ingestão de comida normalmente pouco saudável. A televisão é mais passiva, o computador e os jogos eletrónicos exigem mais concentração e interação”.