FCT impulsiona a publicação de artigos científicos em acesso aberto através da b-on
A partir de 2022, a ciência em Portugal muda de paradigma graças à entrada em vigor dos contratos celebrados pela Biblioteca do Conhecimento Online (b-on) com os editores para o triénio 2022-2024. A mudança permite dar corpo em Portugal ao movimento internacional de Acesso Aberto. Os primeiros 3 de 12 acordos já entraram em vigor e incluem a possibilidade de publicação em acesso aberto de cerca de 2000 artigos, ainda em 2022.
Seguindo os princípios de Acesso Aberto, estes contratos permitem, para além da faculdade de leitura dos artigos disponibilizados, dar aos autores com vínculo a instituições membro da b-on, a possibilidade de publicarem em acesso aberto os seus artigos em algumas das revistas disponíveis na b-on.
A publicação em acesso aberto torna o artigo imediatamente acessível a qualquer pessoa, em qualquer lugar, não envolvendo esse acesso qualquer custo para quem acede. Implica também a possibilidade de reutilização do artigo por terceiros, fomentando assim o crescimento do conhecimento global. Por outro lado, a publicação em acesso aberto permitida pelos acordos celebrados, dispensa o autor do pagamento de quaisquer taxas de publicação, uma vez que esta é feita a coberto do preço pago anualmente FCT aos editores.
Na opinião de Madalena Alves, Presidente do Conselho Diretivo da FCT, “Portugal, por princípio e dimensão, deve apoiar os desígnios da ciência aberta. Para tal, deverá oferecer aos investigadores os meios para que, facilmente, possam adotar esta mudança de paradigma.” Acrescenta ainda que “com esta renegociação, a FCT oferece aos investigadores e estudantes universitários em Portugal a possibilidade de, para além de acederem a um universo alargado de artigos, poderem publicar a ciência que produzem em acesso aberto sem encargos adicionais. Este é um elemento central na política de ciência aberta da FCT, juntamente com a criação de repositórios de acesso livre de toda a ciência gerada pelo ecossistema científico nacional, que a FCT tão bem tem apostado. Ainda há muito a fazer, mas não tenho dúvidas que estamos na direção certa.”
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