Saltar para o conteúdo principal

ESO – Observatório Europeu do Sul

O ESO foi constituído em 1962, com o objetivo de promover a cooperação Europeia no domínio da Astronomia e operação das maiores infraestruturas de telescópios terrestres, sendo hoje considerado o observatório mais produtivo do mundo.

O ESO é financiado pelos seguintes Estados Membros: Alemanha, Áustria, Bélgica, Dinamarca, Espanha, Finlândia, França, Holanda, Irlanda, Itália, Polónia, Portugal, Reino Unido, República Checa, Suécia e Suíça, juntamente com o Chile como país anfitrião e a Austrália como parceiro estratégico. Atualmente é o local de trabalho para cerca de 700 pessoas, incluindo funcionários a tempo inteiro, cientistas e engenheiros de várias geografias e nacionalidades.

Em 10 de Julho de 1990, Portugal celebrou um Acordo de Cooperação com o ESO, através do qual era garantido o estatuto de observador, e se definia um processo de transição para que, no prazo de 10 anos, se pudesse aceder à condição de Estado Membro de pleno direito. Em 1999 Portugal solicitou a adesão como Estado Membro, tendo sido aprovado o acordo de adesão de Portugal em dezembro de 2000.

Como Estado Membro Portugal contribui anualmente para os custos anuais de operação da infraestrutura (cerca de 1.2% do orçamento global). A participação de Portugal no ESO tem possibilitado o acesso das equipas de investigação portuguesas a uma infraestrutura de observação da mais alta qualidade, e à participação científica nas áreas de Astronomia e Astrofísica, o que tem contribuído de uma forma decisiva para o crescimento da comunidade científica, nomeadamente doutorados e para a sua internacionalização.

Desde 1990, dezenas de investigadores portugueses têm obtido tempo de observação nos telescópios do ESO. Uma média de 1800 propostas para acesso a tempo de observação são submetidas anualmente por investigadores de todos os países. Em números, o tempo de observação por parte de investigadores nacionais está acima da percentagem de contribuição nacional.

Formação avançada de recursos humanos

Em maio de 2001, Portugal e o ESO firmaram um protocolo de formação de recursos humanos, com o objetivo de promover a formação avançada de jovens licenciados portugueses, através de bolsas de estágio especializado que são atribuídas pela FCT. No âmbito deste protocolo, competiu à Agência de Inovação, até final de 2012, a implementação do programa de estágios, a seleção dos candidatos e o acompanhamento do trabalho desenvolvido pelos bolseiros.

Um novo protocolo foi assinado entre a FCT e o ESO em 2013, transitando para a FCT todas as anteriores competências relativas a este programa.

Os estágios, de duração mínima de um ano com possibilidade de renovação por mais um ano, são selecionados por domínios tecnológicos, dando especial atenção ao projeto, ao enquadramento pedagógico e à futura inserção dos bolseiros em empresas portuguesas orientadas à inovação.

Participação industrial

Para além do benefício científico e de formação avançada no seu país, como membros de pleno direito do ESO, todos os Estados Membros têm a possibilidade de obter o benefício industrial, contribuindo para o aumento da competitividade e avanço tecnológico da sua indústria.

O ESO é considerado um mercado tecnológico extremamente competitivo e exigente, no universo dos 16 Estados Membros que compõem a organização.

Informação sobre o serviço de compras do ESO e processos associados está acessível através da página oficial. Para qualquer dúvida ou esclarecimento sobre a ligação industrial entre Portugal e o ESO, contacte o ILO.