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18.ª edição das Medalhas de Honra L’Oréal Portugal para as Mulheres na Ciência

Foram conhecidas hoje, 23 de março, as quatro jovens investigadoras portuguesas que venceram a 18.ª edição das Medalhas de Honra L’Oréal Portugal para as Mulheres na Ciência, uma iniciativa conjunta entre a L’Oréal Portugal, a Comissão Nacional da UNESCO e a FCT, que se realiza em Portugal desde 2004.

Investigação sobre cancro, microcefalia, comportamentos aditivos e preservação de aves aquáticas são as áreas dos quatro projetos premiados. Edna Correia – CESAM, Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa; Carina Cunha – Instituto de Investigação em Ciências da Vida e da Saúde, Universidade do Minho; Sandra Tavares – i3S – Instituto de Investigação e Inovação em Saúde; e Sara Bandarra – Algarve Biomedical Center – Research Institute, Associação para o Desenvolvimento do Centro Académico de Investigação e Formação Biomédica do Algarve, viram os seus projetos de investigação ser distinguidos, com um prémio no valor de 15 000 mil euros cada.

As investigadoras, doutoradas ou pós-doutoradas nas suas áreas de especialização e com idades compreendidas entre os 32 e os 35 anos, foram selecionadas entre mais de 72 candidatas por um júri científico, presidido pelo Professor Alexandre Quintanilha.

SANDRA TAVARES

Investigadora no i3S – Instituto de Investigação e Inovação em Saúde

Pós-Doutorada em Biologia do Cancro, pela University Medical Center Utrecht, Países Baixos, Sandra Tavares, pretende através da sua investigação simular pequenos tumores em laboratório para ajudar a tratar o Cancro da Mama Triplo-Negativo. Este representa cerca de 15% da incidência de cancros de mama invasivos e devido ao seu nível de agressividade e rápida metastização dispõe de escassas opções terapêuticas dirigidas.

 

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CARINA SOARES-CUNHA

Investigadora no ICVS – Instituto de Investigação em Ciências da Vida e da Saúde (ICVS) da Universidade do Minho

Compreender e prevenir comportamentos de adição passa, necessariamente, pelo estudo do cérebro e por um conhecimento mais aprofundado do núcleo accumbens – uma das áreas responsável pela sensação de prazer que se gera após um estímulo externo. Carina Soares-Cunha, Pós-Doutorada em Neurociências pelo Zuckerman Institute, Columbia University, Estados Unidos, pretende com a sua investigação identificar os grupos de neurónios específicos que são ativados em exposição a recompensas naturais ou a drogas de abuso e que se podem encontrar nesta região do cérebro. Procura por um lado, conhecer a localização objetiva destes neurónios, e por outro distinguir os que respondem a recompensas naturais dos que reagem a estímulos químicos.

 

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SARA CARVALHAL

Investigadora no Algarve Biomedical Center

As doenças raras são um grande desafio para a comunidade científica e clínica. A microcefalia e alterações ao nível genético de reguladores da mitose – processo segundo o qual as células se multiplicam – são comuns a várias doenças raras, pelo que Sara Carvalhal, Doutorada em Filosofia pela Universidade de Dundee, Reino Unido, pretende compreender a relação das doenças raras com a mitose e estudar como é que estes reguladores da mitose funcionam no sistema neurológico.

 

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EDNA CORREIA

Investigadora no CESAM – Centro de Estudos do Ambiente e do Mar

Os arrozais do Estuário do Tejo poderão fornecer alimento para humanos e ser casa para outras espécies? Encontrar resposta para este desafio de equilibrar a gestão dos arrozais e a conservação da biodiversidade é o que pretende Edna Correia, Doutorada Biologia e Ecologia da mudança global pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, com a sua investigação. Para isso, pretende perceber de que forma as zonas húmidas artificiais como os arrozais podem contribuir para a preservação de aves tradicionalmente associadas a zonas húmidas naturais. E também identificar o impacto destas aves na produção de arroz.

Em Portugal, as Medalhas de Honra L’Oréal Portugal para as Mulheres na Ciência já distinguiram 61 jovens investigadoras.