Saltar para o conteúdo principal

Medalhas de Honra L’Oréal Portugal distinguem mais três jovens cientistas

Elisabete Oliveira (REQUIMTE, FCT-UNL), Ana Catarina Fonseca (iMM Lisboa, FML-UL) e Ana Faria (ISPA – MARE), são as três investigadoras distinguidas na 12ª edição das “Medalhas de Honra L’Oréal Portugal para as Mulheres na Ciência”, criado pela L’Oréal Portugal, em parceria com a Comissão Nacional da UNESCO e a Fundação para a Ciência e a Tecnologia.

Este prémio anual, no valor unitário de 20.000€, tem com o objetivo promover a participação das mulheres na Ciência, incentivando as mais jovens e promissoras cientistas, em início de carreira, a realizarem estudos avançados na área das Ciências da Saúde e das Ciências do Ambiente.

As três jovens vencedoras, selecionadas entre mais de 70 candidatas, juntam-se ao grupo de 37 cientistas mulheres que foram apoiadas pelo prémio L’Oréal Portugal, desde a data da sua instituição em 2004.

Presente desde a primeira edição, a FCT mantém o seu apoio às Medalhas de Honra L’Óréal Portugal para as Mulheres na Ciência, assegurando a avaliação das propostas recebidas, por um painel de cientistas de reconhecido mérito. Ana Sanchez, vogal do Conselho Diretivo, expressa o compromisso da FCT com esta iniciativa, “É um orgulho poder contribuir para apoiar uma nova geração de cientistas, cheia de promessa e potencial, e assim dar um impulso à ciência feita em Portugal, e à manutenção do lugar das mulheres na ciência no nosso país. De facto, Portugal lidera nos indicadores europeus sobre a equidade em I&D: na população total de investigadores, 45% são mulheres (a média europeia é de 33%); em posições de topo em órgãos científicos e de administração de universidades, 30% são mulheres; Portugal é ainda o terceiro país com maior percentagem de mulheres com qualificações acima de mestrado (56%, comparando com a média europeia de 47%).

Sobre as três investigadoras premiadas:

Elisabete Oliveira (32 anos) quer desenvolver uma nova geração de nanopartículas luminescentes, para serem usadas na descoberta de novos biomarcadores em células cancerígenas e na criação de dispositivos de distribuição e libertação controlada de fármacos nestas células. A sua investigação pretende chegar a uma terapêutica mais incisiva mas não invasiva, cuja ação poderá ser monitorizada através da luminescência das nanopartículas, conduzindo a um doseamento controlado que atenue os efeitos adversos, combatendo ainda a resistência à quimioterapia convencional.

Elisabete Oliveira é doutorada em Biotecnologia (2010) pela Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, esteve dois anos na Universidade de Vigo, Espanha, como investigadora de pós-doutoramento, tendo agora as mesmas responsabilidades no grupo BIOSCOPE, na UCIBIO-REQUIMTE, da instituição em que se doutorou. Obteve financiamento FCT no âmbito do Programa Investigador FCT 2014. Química analítica, nanotecnologia e nanoproteómica são as suas áreas de interesse.

Ana catarina Fonseca

Ana Catarina Fonseca (34 anos) pretende estudar a estrutura do coração de doentes que sofreram Acidentes Vasculares Cerebrais (AVCs) de várias origens, entre os quais de origem indeterminada. Através da comparação, procurará perceber se existem alterações que possam ser usadas para diagnosticar e prevenir novos AVCs Isquémicos de etiologia indeterminada, nomeadamente aqueles que dependem atualmente de um demorado e nem sempre possível diagnóstico de Fibrilhação Auricular.

Ana Catarina doutorou-se em Medicina, especialidade de Neurologia, na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa (2014). No mesmo ano terminou um Masters in Public Health na Universidade de Harvard (EUA), já depois de concluir dois mestrados: em Stroke Medicine, na Universidade Danube Krems, Áustria, e em Neurociências, na Universidade de Lisboa. É investigadora do Instituto de Medicina Molecular, professora na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa e médica no Hospital de Santa Maria.

 

 

Ana Faria

Ana Faria (34 anos) pretende estudar de que forma os peixes do litoral português estão a ser afetados pelo aumento da acidez da água do oceano, uma consequência do aumento de níveis de CO2. Esta circunstância já provou ter efeitos nefastos no ecossistema marinho, pondo em perigo a sustentabilidade dos peixes marinhos, um recurso essencial à humanidade.

 Ana Faria é doutorada em Ecologia Marinha, pela Universidade do Algarve (2010). Iniciou a sua investigação de pós-doutoramento no ISPA – Instituto Universitário, integrando o Centro de Investigação MARE, onde continua a fazer investigação. É docente na licenciatura de Biologia e no mestrado de Biologia Marinha e Conservação.

(Créditos das imagens: L’Oréal Portugal)