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MIRRI aprovada pela Comissão Europeia como Consórcio para uma Infraestrutura Europeia de Investigação

Microbiologista a observar uma placa de Petri

Portugal vai coordenar a Infraestrutura de Investigação de Recursos Microbianos – Consórcio para uma Infraestrutura Europeia de Investigação [MIcrobial Resources Research Infrastructure (MIRRI) – European Research Infrastructure Consortium (ERIC)], que será a primeira infraestrutura de investigação europeia com sede em Portugal, instalada na Universidade do Minho. A decisão foi publicada no Jornal Oficial da União Europeia a 13/07/2022 e resultou da aprovação, pela Comissão Europeia, da candidatura liderada por Portugal, em colaboração com a Espanha, e com a participação da França, da Bélgica e da Letónia, para o estabelecimento da entidade legal desta infraestrutura de investigação europeia no nosso país.

Esta infraestrutura europeia irá incluir “Nós nacionais” de cada país membro, sendo o “Nó Português” a infraestrutura nacional “Pt-mBRCN/MIRRI-PT”, integrada no Roteiro Nacional de Infraestruturas de Investigação.

O MIRRI-ERIC vai constituir-se como um repositório distribuído e certificado de coleções de microrganismos, pretendendo garantir o acesso a uma vasta gama de recursos e dados biológicos de alta qualidade, através de uma base de dados facilmente pesquisável e interoperável com outras bases de dados (e.g. DNA, proteínas, metabolitos, etc.). Esta infraestrutura europeia tem ainda como objetivo promover a introdução de boas práticas e um sistema de intercâmbio global de recursos microbianos, que cumpra estritamente todos os trâmites legais e o Protocolo de Nagoya, facilitando o acesso e uso dos recursos genéticos globais.

O MIRRI-ERIC é uma infraestrutura estratégica no apoio a áreas de interesse para Portugal, nomeadamente: saúde, investigação clínica e de translação; agroalimentar, florestas e biodiversidade; e mar. Servirá como repositório da biodiversidade de microrganismos marinhos e com interesse para a indústria agroalimentar, bem como na área da saúde, o que permitirá o seu uso para investigação e a sua exploração para fins económicos, estimulando assim o tecido produtivo assente em indústrias de base biotecnológica.