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Prémio Pulido Valente Ciência 2018 atribuído a dois Investigadores

Joana Sacramento, investigadora do Centro de Estudos de Doenças Crónicas (CEDOC) da NOVA Medical School|Faculdade de Ciências Médicas em Lisboa, e Rúben Pereira, investigador do i3S – Instituto de Investigação e Inovação em Saúde da Universidade do Porto, são os vencedores do Prémio Pulido Valente Ciência 2018. A cerimónia de entrega dos prémios terá lugar no dia 7 de março, pelas 18h00, no Palácio das Laranjeiras, em Lisboa.

Joana Sacramento foi premiada pelo artigo “Bioelectronic modulation of carotid sinus nerve activity in the rat: a potential therapeutic approach for type 2 diabetes”, publicado na revista Diabetologia em 2018. Este estudo, liderado pela Professora Doutora Sílvia Conde, teve como objetivo avaliar o efeito de uma aplicação bioelectrónica no nervo do seio carotídeo, o nervo que liga o corpo carotídeo ao cérebro, em ratos diabéticos. Foi testada a modulação bioelectrónica através da implantação de elétrodos no nervo do seio carotídeo de animais com diabetes tipo 2. Estas experiências demonstraram que é possível restaurar a sensibilidade à insulina, bem como obter um controlo glicémico nestes animais, sem efeitos secundários significativos. Este trabalho abre portas para o desenvolvimento de uma nova terapia para a diabetes tipo 2, doença que afeta cada vez mais pessoas em todo o mundo.

 

Ruben

“A single component hydrogel bioprinting of bioengineered 3D constructs for dermal tissue engineering” é o título do artigo da autoria do investigador Rúben Pereira, também distinguido pelo júri. O investigador, neste trabalho, desenvolveu uma estratégia multidisciplinar para o fabrico automático de substitutos artificiais e modelos 3D in vitro da pele, através da combinação de biomateriais avançados, bioimpressão 3D e células humanas. Este estudo demonstra o potencial de uma estratégia multidisciplinar baseada em bioimpressão 3D para o fabrico automático de substitutos da pele, que podem ser específicos para cada paciente e com aplicação em medicina regenerativa. Permite ainda o desenvolvimento de modelos 3D in vitro da pele como ferramentas fundamentais para o teste de novos produtos e terapias, bem como para melhor compreender os mecanismos que as células utilizam em resposta a uma lesão, crónica ou aguda, para promover a formação de novo tecido.

O Prémio Pulido Valente Ciência visa distinguir o melhor artigo publicado numa área das Ciências Biomédicas, que descreva os resultados da investigação realizada por um(a) investigador(a) com menos de 35 anos à data de apresentação da candidatura, numa instituição de I&D nacional. Atribuído anualmente, o montante deste Prémio é de 10 mil euros, comparticipado pela Fundação Professor Francisco Pulido Valente e pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia, de acordo com o Protocolo estabelecido entre as duas instituições.