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Projeto da JPI Oceans investiga o impacto ambiental da mineração em mar profundo

Mining Impact 2 envolve a participação de 5 equipas portuguesas

O mar profundo é caracterizado pela sua grande biodiversidade e por um solo rico em vários minérios onde se pode encontrar ferro, cobre, níquel, lítio, ouro, cobalto, outros minerais raros e ainda depósitos de nódulos de manganês. O novo projeto da JPI Oceans, Mining Impact 2, pretende precisamente avaliar os riscos da mineração em águas profundas e em especial os impactos que esta atividade pode causar no ambiente, no mar e no seu ecossistema. Para isso vai realizar a monitorização científica dos impactos causados por uma intervenção industrial realizada em depósitos de nódulos de manganês, na Zona de Clarion Clipperton, no Oceano Pacífico.

Este projeto irá dar continuidade ao sucesso alcançado pelo projeto Mining Impact 1 (2013-2017), no qual Portugal também participou com duas equipas. Pretende-se agora produzir mais conhecimento para prever as consequências ecológicas, biogeoquímicas e hidrodinâmicas da atividade de mineração; testar uma variedade de novos métodos e técnicas de monotorização para verificar o estado dos ecossistemas; e efetuar estudos comparativos entre os diferentes ambientes de mar profundo. O conhecimento adquirido será transmitido à comunidade e informará os decisores políticos e entidades regulamentares, contribuindo para a definição de normativas reguladoras das atividades de mineração do fundo do mar. O projeto terá início em agosto de 2018 e a duração de 42 meses.

O Mining Impact 2 junta 32 parceiros de 10 países (Alemanha, Bélgica, França, Holanda, Itália, Jamaica, Noruega, Polónia, Portugal e Reino Unido), com um financiamento total de 13.994,00 Mio €. Portugal participará com 5 equipas nacionais de entidades como: CESAM – Centro de Estudos do Ambiente e do Mar; CIIMAR – Interdisciplinary Centre of Marine and Environmental Research; IMAR – Centro do IMAR da Universidade dos Açores; IPMA – Instituto Português do Mar e da Atmosfera, IP; e UALG – Universidade do Algarve, com um financiamento conjunto da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia e da DGPM – Direção-Geral de Política do Mar.

Mais informação em jpi-oceans.eu