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Raquel Seruca (1963 – 2022)

O Conselho Diretivo da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) manifesta o mais profundo pesar pelo falecimento de Raquel Seruca, vice-directora do Instituto de Patologia e Imunologia Molecular (Ipatimup) e investigadora na área do cancro gástrico e do cólon.

A investigadora Raquel Seruca por inúmeras ocasiões colaborou com a FCT, tendo participado nos processos de avaliação de candidaturas a bolsas de investigação, nos painéis de avaliação de relatórios dos financiamentos de Unidades de I&D, integrou o Comité de acompanhamento das Infraestruturas de Investigação constituído em 2019, e foi júri do Prémio Pulido Valente Ciência. Participou e desenvolveu mais de 20 projetos financiados nos concursos da FCT, na maioria dos quais foi investigadora responsável.

Raquel Seruca doutorou-se em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, estando há vários anos envolvida na determinação da frequência e do tipo de alterações da linha germinal CDH1 no cancro gástrico difuso hereditário (HDGC), no início da gravidez e cancro gástrico difuso familiar, tendo estabelecido uma rede nacional de assistência clínica no rastreio de famílias com critérios de HDGC. Era membro do conselho científico consultivo da associação norte-americana No Stomach for Cancer, que apoia famílias com cancro gástrico.

Em 2005, Raquel Seruca recebeu da FCT a distinção Estímulo à Excelência; em 2009, foi distinguida com a insígnia de Grande Oficial da Ordem do Infante D. Henrique pelo então Presidente da República, Cavaco Silva; foi agraciada pela Câmara do Porto, em 2014, com a Medalha de Ouro de Mérito Científico; e recebeu duas vezes o prémio Labmed (2002 e 2003) e duas vezes o prémio Benjamim Castelman USCAP (2001 e 2012).

O Conselho Diretivo da FCT transmite à família e amigos, e a toda a equipa do Ipatimup e do i3S, nesta hora difícil, as suas sentidas condolências.

Fotografia cedida pelo i3S