Saltar para o conteúdo principal

Sinal verde para construção do “maior olho do mundo virado para o céu”

O European Extremely Large Telescope (E-ELT) será um telescópio óptico e de infravermelho de 39 metros, que irá ser colocado no Cerro Armazones no deserto chileno do Atacama. Em maio de 2013 Portugal integrou o grupo de 15 Estados Membros do ESO que suportarão a implementação do E-ELT. Em junho de 2012, o Conselho do ESO havia aprovado a sua construção, na condição de que contratos com valores maiores que 2 milhões de euros apenas seriam aprovados quando o valor total do telescópio estivesse financiado a 90%.

A adesão da Polónia ao ESO permite que os fundos atualmente atribuídos ao E-ELT atinjam mais de 90% do custo total da primeira fase, que assegurará um telescópio completamente operacional. Os restantes 10% do custo total do projeto foram transferidos para uma segunda fase. Espera-se que fundos adicionais fiquem disponíveis com a adesão do Brasil como Estado Membro, nos próximos anos. Por estas razões, e para impedir que o projeto começasse a perder força, o Conselho do ESO decidiu avançar com a construção da primeira fase do telescópio de 39 metros. O financiamento inclui o contrato para a cúpula do telescópio e estrutura principal – o maior contrato na história do ESO – que será atribuído no final de 2015 e será o primeiro passo na construção de um E-ELT completamente operacional. 

A participação de Portugal no ESO tem possibilitado o acesso das comunidades de astrofísicos e de astrónomos nacionais a uma infraestrutura de observação terrestre líder mundial, o que tem sido crucial para o crescimento e internacionalização das equipas científicas. A construção do E-ELT traz também várias excelentes oportunidades para as empresas nacionais. São já várias as que asseguraram contratos para infraestruturas do ESO. Efetivamente, a meta de retorno industrial apontada pelo ESO para os Estados membros foi ultrapassada por Portugal em 2012.

Portugal é membro de pleno direito do ESO desde 2000, contribuindo com cerca de 1% do orçamento global da organização.