Workshop sobre o futuro de Portugal na perspetiva da ciência e desenvolvimento tecnológico
No dia 25 de setembro, realizou-se o workshop “Portugal de 2050 na Perspetiva da Ciência e a Aceleração do Desenvolvimento Tecnológico”, organizado pela FCT, no âmbito da Rede de Serviços de Planeamento e Prospetiva da Administração Pública (RePLAN).
Este evento visou aprofundar a reflexão e discussão sobre as nove megatendências identificadas na brochura “Megatendências 2050 – Um mundo em mudança: impactos em Portugal – Uma breve introdução”, e insere-se no trabalho colaborativo a decorrer para a elaboração do relatório final, com divulgação prevista para o final de 2024.
Na abertura, Madalena Alves, Presidente da FCT, destacou a necessidade de antecipar o futuro face ao rápido avanço tecnológico. Pedro Saraiva, Diretor de PlanAPP referiu a importância do relatório de Megatendências para definir melhores políticas públicas até 2050, enquanto Francisco Furtado (PlanAPP) sublinhou a prospetiva como ferramenta essencial para lidar com as incertezas e as oportunidades do futuro.
O workshop, que mobilizou uma vasta audiência, centrou-se no debate sobre como a aceleração tecnológica poderá moldar o futuro. Contou com dois painéis moderados por vogais do Conselho Diretivo da FCT, o primeiro por António Bob Santos e o segundo por Paula Diogo. Cada painel teve a intervenção de 10 oradores, investigadoras e investigadores, que aceitaram o desafio para discutir o futuro do país, com base no trabalho inicial da RePLAN sobre as Megatendências para Portugal 2050 (programa).
Considerando os objetivos estabelecidos para a realização deste workshop, destaca-se a contribuição do debate para a discussão das seguintes questões: o papel das Ciências Sociais e Humanas e integração das desigualdades sociais na análise das megatendências; a importância dos dados para a investigação científica e a inovação e a afirmação da regulação e da ética no setor digital e na IA como temas centrais, com ênfase na proteção dos direitos humanos e na mitigação dos riscos das tecnologias digitais para a democracia; o impacto das tecnologias no futuro do trabalho e na educação; os desafios e soluções para a sustentabilidade, considerando a agricultura, a segurança alimentar e a biodiversidade como uma agenda única; o papel do Espaço enquanto setor crucial para enfrentar desafios sociais e promover um futuro sustentável e a importância da bioeconomia e do oceano para o desenvolvimento tecnológico do país.