Candidaturas ao projeto “Gémeos Digitais para Territórios Inteligentes” encerram com forte adesão

O concurso DigitalTwins4SmartTerritories (DT4ST): Gémeos Digitais para Territórios Inteligentes, promovido no âmbito de um Protocolo entre a Agência para a Modernização Administrativa (AMA) e a Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), recebeu um total de 57 candidaturas, o que evidencia o interesse do ecossistema científico e tecnológico na digitalização dos territórios em Portugal.
Os gémeos digitais são ferramentas tecnológicas que replicam processos ou fenómenos do mundo real, permitindo simulações e otimização da tomada de decisão governativa. Propunha-se que cada proposta demonstrasse os seus benefícios para o utilizador final, assegurando a sua aplicação eficaz.
Com o objetivo de selecionar consórcios liderados por entidades do Sistema Científico e Tecnológico Nacional (SCTN), a elevada adesão ao concurso reflete o forte envolvimento destas entidades e dos seus parceiros no desenvolvimento de soluções inovadoras para os territórios. Pretende-se que os gémeos digitais a desenvolver estejam disponíveis em formatos abertos, garantindo a sua reutilização sem custos adicionais para as entidades interessadas.
As candidaturas submetidas abrangem nove áreas temáticas prioritárias para a Estratégia Nacional de Territórios Inteligentes (ENTI. As áreas com maior número de candidaturas submetidas foram a Resiliência Climática e a Saúde, com nove candidaturas cada, seguidas pela Proteção Civil e pela Água, com oito candidaturas. O Turismo registou seis propostas, enquanto a Agricultura, a Descarbonização e a Mobilidade receberam cinco cada. A temática com menos submissões foi a Energia, com duas candidaturas.
O financiamento disponível para este programa é de cerca de 8,6 milhões de euros, integrando-se no investimento “Territórios Inteligentes – AMA” do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). Para cada projeto selecionado, o financiamento máximo é de 1,5 milhão de euros.
A próxima fase consiste na avaliação das candidaturas, conduzida por um painel de peritos independentes. O processo de seleção vai ter por base a qualidade científica e inovadora das propostas, o mérito científico das equipas de investigação e a exequibilidade dos planos de trabalho apresentados.
Com esta iniciativa, a ENTI reforça o seu compromisso com a inovação e com a transição digital dos territórios, promovendo soluções tecnológicas que possam dar resposta aos desafios da gestão pública e do desenvolvimento sustentável.