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Monitorização do CCMAR detetou atum rabilho com quase três metros

A rede de monitorização dos investigadores do Centro de Ciências do Mar da Universidade do Algarve (CCMAR-Algarve) detetou um atum rabilho (Thunnus thynnus) com quase 3 metros na área de Sesimbra, junto à serra da Arrábida, denominada de reserva marinha Luiz Saldanha. Trata-se de uma dimensão pouco vulgar nesta espécie em águas portuguesas.

Esta rede de monitorização regista a passagem de animais marcados ao longo da costa portuguesa, desde Sesimbra até Vila Real de Santo António. Os dados são gravados quando o animal passa ao alcance dos recetores submarinos, mas apenas se lhes pode aceder quando os aparelhos são fisicamente recolhidos, o que acontece duas vezes por ano. Este atum, em particular, foi marcado por uma equipa de investigadores da Universidade de Stanford (EUA) em setembro de 2018, no golfo de St. Lawrence, a leste do Canadá, e frequentou as águas da reserva marinha Luiz Saldanha no início de agosto do ano passado, por onde andou durante quase uma semana.

Esta espécie vive no Oceano Atlântico, no Mediterrâneo e no Mar Negro, movendo-se em cardumes e fazendo grandes migrações para alimentação e reprodução, sendo este registo da sua passagem por Sesimbra, a par dos registos de outras redes de monitorização deste tipo, importante para o estudo e acompanhamento destas migrações.

Os registos feitos pelas redes de monitorização relativos a diversas espécies contribuem para o conhecimento global dos mares e a partilha de informação entre especialistas de várias instituições mundiais.

O CCMAR-Algarve, que figura no mais recente Atlas das Unidades de I&D da FCT, orienta a sua investigação para o estudo dos ecossistemas marinhos e do impacto que as alterações climáticas têm sobre eles, bem como para a descoberta de formas de gerir e utilizar os recursos marinhos de forma sustentável.